quinta-feira, 14 de abril de 2011

Comunicar para mudar

  A Comunicação, além de informar e transmitir mensagens, tem a possibilidade de integrar e tornar comum uma realidade. Vemos isso na globalização hoje, onde nunca fomos a  um determinado local, mas através dos meios de comunicação, sabemos, e até, muitas vezes, vivemos (cultura, moda, influência ideológica,etc.), o que acontece lá.
   O interessante que essa "missão"  de integrar que a comunicação pode exercer já ocorreu no Brasil antes mesmo que o telefone existisse. O tempo foi no século XIX, o instrumento foi o telégrafo, e o sujeito foi Cândido Rondon. 
   Mesmo sendo um descendente índigena, Rondon provavelmente não sabia o quanto ele iria ajudar os índios e o povo dos estados do Norte e Centro-Oeste quando entra para a comissão construtora de linhas telegráficas entre Goiás e Mato Grosso, em 1894. Pela sua influência positivista, Rondon buscou civilizar essas regiões esquecidas pela recém República Brasileira estendendo o sistema do telégrafo, que é um instrumento concebido para transmitir mensagens de um ponto para outro utilizando códigos para a rápida transmissão. 
   Assim, com esse ofício, Cândido Rondon desbravou e mapeou, com linhas telegráficas, 1.650 km de sertões e 1.980 km de florestas inexploradas, e fez o levantamento das regiões de Mato Grosso, de Goiás e do Amazonas. Mas muito mais que esse feito geográfico e tecnológico, Rondon acompanhou, valorizou e dignificou o povo indígena, o que permitiu, em 1939, ser nomeado presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio. 
   Rondon, que pela lei aprovada pelo Congresso Nacional 3 anos antes de sua morte, é conhecido como Marechal Cândido Rondon, lutou pelo direito que todo indivíduo tem de se comunicar, independente sua raça, sua crença e o quão longe é seu local de nascença, pois é pela comunicação que se pode expressar o que se sente e militar pelos problemas presentes.


Fonte de pesquisa: http://www.algosobre.com.br/biografias

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